Arquivos para 30 de November de 1999

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Eu queria começar o texto de uma forma que chamasse a atenção das pessoas que se sentem desvalorizadas em um relacionamento (romântico ou de amizade mesmo) e não estou encontrando uma forma criativa de fazê-lo, então vou ser direta: ei, é pra você! E assim podemos começar.;)

Eu tenho visto você, e eu já fui uma “você”. Daqui do outro lado da tela, vejo as pessoas reclamando de solidão, de traição, de falta de consideração, de abandono, de decepção e do quanto, a despeito de suas tentativas incessantes, de sua tolerância constante, e da sua correta atitude, sempre tendem a ser desprezadas.

Eu vejo – pessoalmente e nas redes sociais – você me contar o quanto se dedica, confia e se entrega em suas relações, sem colher aquilo que planta. É triste, eu sei. Embora não tenha o hábito de me expor nas redes, eu já senti muito além da pele a dor que é dar o melhor de si, de se abrir sem reservas, de dar crédito e pagar pra ver, pensando e fazendo aquilo que é certo, procurando ser justo,  paciente, benigno, e no fim, ser tratado com indiferença ou descaso. Como disse algum filósofo do século XVII, “é punk ser feito de besta”.

Mas veja bem, eu não quero que esse pareça um texto triste, um lamento. Eu quero falar sobre isso de forma franca com você, pois me peguei, enquanto subia degraus por trinta minutos num exercício de tédio em que pude ficar sozinha com myself, refletindo sobre algo que Jesus falou há 2 mil anos, e que nós deveríamos levar em consideração se não quisermos ficar fazendo papel de trouxa a vida inteira.

[Pode começar a me amar agora. Obrigada, de nada.]

Sempre que alguém me fala que foi desprezado por outrem, eu me lembro dessa frase que Jesus falou bem no meio do sermão da montanha, e parece descontextualizada do restante do seu discurso. Jesus ta lá no meio dos discípulos falando sobre não julgar e não ficar apontando os erros alheios, sem antes enxergarmos (e corrigirmos) os nossos próprios, quando, “do nada”, solta: “Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem” (Mateus 7.6).

Antes que algum religioso/teólogo/patrulheiro queira corrigir a hermenêutica e exegese da minha reflexão, quero deixar bem claro que sei muito bem que o Brother-mor estava originalmente falando sobre pregarmos a Palavra àqueles que claramente as desprezam e não querem ouvir, mas peço licença aos senhores reverendíssimos para usar o princípio aqui contido para filosofar a bem de todos. Amém? Prossigamos.

Durante muito tempo, confesso, eu ouvi esse conselho sem entender muito bem. Durante outro tempo, ouvi e entendi do modo tradicional, mas não refleti o suficiente sobre ele. É evidente que o conselho é “não perder tempo e energia” com alguém que está predisposto a rejeitar o argumento que você tem a oferecer, mas falar sobre porcos e cães me parecia um pouco apelativo, exagerado, pesado, na verdade. E as pérolas e coisas sagradas então…

Acontece que falar de pérolas é falar de algo precioso. Quem for pesquisar, verá que pérolas são o resultado de um processo interno de defesa das ostras e blá blá blá, todo aquele sacrifício englobando partículas durante em média 3 anos pra, talvez, se der sorte, a defensiva resultar numa pérola com formato redondo e negociável. Não vou ficar romantizando a produção de pérolas, você vai encontrar um milhão de blogs que já fizeram isso. A questão aqui é: a preciosidade da joia se dá por sua raridade, e a raridade é fruto do tempo e investimento, somado à dificuldade de, depois de muita espera, o negócio dar certo.

Eu estou falando de mim e de você, se ainda não notou. Dessas pérolas que nós temos, desses sentimentos bonitos que cultivamos, fruto do nosso amadurecimento, das nossas defesas contra as coisas ruins que nos aconteceram e decidimos fazê-las aprendizado. Tô falando de todas as vezes que lutamos contra nossos instintos pra fazer o que sabíamos ser o certo, e nos encontramos melhores do que ontem. Estou falando do nosso tempo, do nosso dinheiro, da nossa atenção e dedicação. Falo do nosso amor, que é coisa tão rara hoje em dia, da nossa franqueza, da nossa CREDULIDADE. É mesmo coisa incomum acreditar de peito aberto, e entrar de cabeça e coração em terreno desconhecido. A maioria das pessoas é de uma desconfiança só.

Pois bem, Jesus falou que não deveríamos lançar essas pérolas, nossas preciosidades raras, aos porcos, e eu sei que você pode achar que ele tava xingando seu ex, ou sua antiga melhor amiga, mas apesar de ser um tanto tentador imaginar que até ele quis isso, sinto informar que não é exatamente esse o sentido da expressão aqui. 😛

Cristo jamais seria pejorativo, sabe? E foi pensando sobre como Jesus é, que eu finalmente compreendi o que ele estava querendo dizer. É que os porcos vivem na lama, e estão acostumados com restos, não com nobreza. Eles vivem num ambiente sujo, comem lavagem, e por natureza não se importam com nada disso – esse é o seu mundo, é como eles são, como vivem, o que estão acostumados a ter, e não possuem um referencial de excelência, portanto, não têm capacidade de enxergar a beleza das coisas raras.

Para o porco – e quero frisar que ele não tem culpa disso – uma pérola e uma pedra são a mesmíssima coisa: se não é de comer, é pra pisar, e acabou. Simples assim.

Algumas pessoas são para nós, o que os porcos são para as pérolas: elas estão tão acostumadas com algo inferior, que quando damos o nosso melhor elas simplesmente não sabem o que fazer com isso – e pisam.

Veja bem, a questão aqui não é ofender um indivíduo comparando-o a um animal imundo, o foco da lição está na pessoa que possui o tesouro. Jesus pretendia mostrar que a atitude de alguém que possui algo de valor, deve ser a de entregá-lo a quem possa reconhecê-lo e cuidar dele, pois essa é a única coisa razoável a se fazer.

Somos nós que insensatamente oferecemos nossas pérolas a pessoas que não têm capacidade para recebê-las e valorizá-las como nós fazemos, e é por essa razão que sofremos. Nós nos apaixonamos ou nos envolvemos com quem tem valores diferentes de nós, e vamos “pendurando” nossas pérolas como prêmios em seus pescoços, enquanto elas nos pisam. Preciso dizer que descobri que a culpa é nossa. [Por favor, não deixe de me amar ainda…] É que nós ignoramos o conselho de Jesus, e é assim que nos estrepamos.

Entenda, com isso, não estou absolvendo os erros daqueles que nos machucaram, mas mostrando que somos, de certo modo, responsáveis pela cancela da nossa vida (por “quem” e “quando” entra e sai dela), e quando insistimos em um relacionamento ruim, ou depositamos nossas energias, tempo, intensidade e todo o nosso melhor em alguém que não nos dá uma contrapartida, mas apenas algumas migalhas pra “nos manter por perto”, estamos, como abestados, lançando pérolas aos porcos.

Não podemos esquecer que todo relacionamento tem por base a RECIPROCIDADE, e isso quer dizer que é uma troca, um dar e receber mútuo, que de fato só é saudável se assim for, pois quando um dá demais, e o outro “de menos”, a coisa desanda.

Eu aprendi tarde, infelizmente, que algumas pessoas simplesmente não são capazes de retribuir à altura o que oferecemos, simplesmente porque aquilo que é importante e valioso pra nós, não é para elas, e portanto, não adianta esperar por isso. Também não adianta tentar mudá-las, alimentar ressentimento, planejar “vingancinha” ou mandar indiretas. Acredite, isso só vai te machucar mais.

Quer saber mesmo o que adianta? Seguir em frente e tomar um chá de “semancol”. Alguém já disse que quando uma pessoa erra conosco, ela é culpada, mas quando erra uma segunda vez, culpados somos nós. Imagina muitas vezes então…

Ouça, finalmente, não a mim, mas a quem sabe das coisas, que é o “dono dos troço tudo”. Guarde suas pérolas para as pessoas que conhecem o valor que elas têm. Aos “porcos”, baby, as migalhas sempre serão de boa serventia.

 

12079606_998205530243160_100171851842605764_nAdoro usar datas comemorativas como pretexto pra dizer coisinhas pertinentes, então, pra não perder o costume, lá vai:

Hoje é dia do irmão, e eu já parabenizei os meus. Assim eles são: imperfeitos, problemáticos, chatos, impertinentes e inconvenientes muitas vezes, irritantes ao extremo e  nada fáceis. Não me iludo de que não pensem o mesmo de mim, pelo contrário, a adjetivação vai ficar por aí mesmo, nesse patamar. Temos aquele relacionamento dualista de amor e ódio, guerra e paz, tapas e beijos e todos os similares, intermitentemente, desde antes de nos entendermos por gente.

Mas é claro que não tenho só coisas ruins pra falar deles. A parte do amor é muito bem amada, diga-se, não de passagem, mas para ficar registrado mesmo. Falo isso porque tantas vezes nos perdoamos e apoiamos e “embalsamamos” (eu posso dizer isso? já disse) feridas profundas uns nos outros… Gastamos nosso tempo, nosso dinheiro, nosso sono e paciência, pra segurar nossas barras quando, sabíamos, ninguém mais o faria. E apesar de doloridos, nunca nos sentimos no direito de não fazê-lo; apesar de difícil, nunca nos negamos; ou melhor, até mesmo quando nos negamos, o senso de “dever” fraternal, a força “do sangue”, dos laços, do amor e do perdão, estavam lá para nos fazer voltar atrás – e voltamos.

Foi assim que eu me aprendi irmã, e não sei ser de outro jeito. Na imperfeição da minha [louca] família, existe um pacto quase perfeito de “pro que der e vier” entre nós. Penso francamente que não somos os únicos.

Quando me converti, abracei minha família da fé com esse ardor e paixão fraternais que aprendi no meu lar. Eu achava um pouco brega aquele discurso de unidade e toda aquela cantoria trocando cálices no momento da ceia do Senhor, admito, mas na prática, eu era #TeamFraternidade. Cheguei a considerar mais “meus” os irmãos da fé, do que muitos parentes cossanguíneos, porque realmente levei (e levo) a sério as palavras de Jesus, bem como seu exemplo.

Acontece que Jesus disse coisas que nos responsabilizam uns pelos outros tão seriamente quanto irmãos são comprometidos entre si – ou mais. O termo IRMÃO, em primeiro lugar, não é figurativo, visto que nascemos de novo [espiritualmente] NA MESMA FAMÍLIA, e somos um só em Cristo. Eu não sei quanto a você, mas isso mexe comigo: Ele disse que somos membros de um mesmo Corpo – o SEU CORPO, “De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.”
1 Coríntios 12:26

Não bastasse isso, Jesus mencionou certa vez, ao ouvir o anúncio de que sua mãe biológica e seus irmãos de sangue o procuravam, que sua família eram aqueles que ouviam e obedeciam à Palavra de Deus. “Eis aqui minha mãe e meus irmãos;
Porque, qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe.” Mateus 12:49,50 disse.

Ele ensina, direta e indiretamente, de várias maneiras, com sua vida e palavras, que a consideração que temos por um irmão espiritual deve ser levada a sério de tal forma (e significa tanto) que serve de prova dos 9 para distinguir aqueles que são salvos dos que não são. 1 João 3:14

Eu poderia escrever milhares de linhas aqui, ou até mesmo um livro inteiro sobre como Jesus, pessoalmente, via a família espiritual, e como ensinou aos discípulos a gravidade do relacionamento que nutrimos com, veja bem, preste bastante atenção: NOSSOS IRMÃOS. Eu não estou falando em como lidamos com os PERDIDOS, aqueles que não ouviram falar de Jesus… estou falando dos IRMÃOS DA FAMÍLIA DA FÈ, aqueles que, assim como nós, fazem parte de um organismo vivo cuja cabeça é nosso Senhor Jesus Cristo.

Muito me admira que alguns de nós, considerando-se já maduros no entendimento das Escrituras,.ainda ajam como meninos nesse quesito. Ainda me espanta nosso ardor pelas nações, nossa paixão por missões transculturais, nossa preocupação com os perdidos, quando ainda não aprendemos a tratar os que “caem” ao nosso redor, nossos irmãos, com o amor e a misericórdia que carnais oferecem uns aos outros em momentos de necessidade – e os espirituais deveriam dispensar em muito maior medida.

Os irmãos se apoiam, se aconselham, se  importam, se brigam, se perdoam, se ligam, se presenteiam, se irritam, se intrigam e se fazem as pazes, mas estão sempre lá. Com óóóódio porque “aquele abestado não aprende nunca, e eu avisei”, mas estão lá.

São os irmãos que seguram nossa mão no hospital quando sofremos um acidente, ou que nos levam pra casa quando está tarde e é perigoso voltar de ônibus. São eles que se afligem quando adoecemos, e nos socorrem quando a provisão nos falta, que nos emprestam dinheiro e acreditam nos nossos sonhos. Eles se preocupam quando há tristeza nos nossos olhos e estranheza no nosso comportamento. Mesmo quando estamos errados, é proibido a eles desistir de nós. Eles não nos cortam na carne, e se o fazem, erram gravemente.

Certa vez ouvi que, aos pecadores, redenção, aos irmãos, perdão – e nunca mais esqueci. É muito fácil ser Jesus pra alguém lá fora, que você não conhece e nunca te trouxe nenhum prejuízo ou dor. É fácil FALAR de Jesus, difícil é SER COMO ELE. Este é o verdadeiro cristianismo: o amor “não apenas de palavra e de língua, mas de fato e verdade” 1 João 3:18, , ainda que não seja praticado pela maioria.

No dia do irmão, eu só consegui pensar (além disso tudo que falei, hehehe) na gratidão que há no meu coração a Deus pelos poucos que tenho, que me suportaram nas minhas falhas e continuaram acreditando em mim, me dando o amor e a misericórdia que eu precisava no tempo oportuno. Desejo honrá-los e dizer que vocês foram os braços de Jesus me acolhendo e sua voz me consolando. Eu os amo e desejo retribuir à altura – mesmo com todos os aperreios.

Valeu mesmo, vocês são massa!

 

 

 

 

As coisas de alguém

22 de agosto de 2016 — 1 Comentário

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Há cerca de um ano e meio, minha vó materna foi para o Senhor, e como garantiu o apóstolo Paulo, voltou para casa sem nada levar deste mundo. Todas as suas coisas aqui ficaram, e como herdeiros legítimos de sua “grande fortuna”, nós, filhos e netos, espoliamos seus bens.

Eu herdei uma panela. (Pode rir, eu deixo, é mesmo engraçado falando assim.) Não foi só uma panela, para ser fidedigno; ficamos com uma sala de jantar, passadeiras, uma fruteira que ela colocava sobre a mesa para decorar e mais alguns itens que não faz sentido algum inventariar aqui. Mas dentre tantas coisas, eu quero mesmo é falar da panela, e só dela. Porque a bendita não tem beleza alguma, é velha, não tem tampa e, misturada com as demais que já tínhamos aqui em casa, deveria passar despercebida, mas não passa.
Ela tem bordas arredondadas e é pesada como nenhuma outra que temos aqui, e estava sempre sobre o fogão dela. Agora, cada vez que eu a vejo dentro do armário ou sobre o fogão, instantaneamente lembro de dona Corina. Ela é diferente, singular. Pertencia a ela e sobreviveu ao seu tempo aqui na Terra, mas parece sempre estar nos lembrando que não nos pertence – ou pelo menos a mim.

Eu desisti de me acostumar com a “presença” da panela e seu significado. Eu realmente achava que, passado algum tempo, ela se misturaria com as outras de modo que eu não a distinguiria mais, ou esqueceria sua origem, exatamente como acontece com o casaco que comprei e “qual foi a loja mesmo…? Deve ter sido naquela viagem.. não pera, vou lembrar, deve ter sido… esqueci”. Pensei mesmo que ela passaria a ser minha, mas depois de mais de um ano, notei que provavelmente ela nunca será e sempre trará de volta, de algum modo, a minha vó.

Tenho também um relógio que uma amiga me deu, não consigo ler as horas sem ver seu rosto quando o uso. Tem um livro que um amigo me emprestou e nunca tive oportunidade de devolver; ao sair de casa, do alto da estante, ele me cumprimenta, ainda que esteja do outro lado país. Uso uma expressão que aprendi com um ex namorado – e não conheço outra pessoa na vida que a use – e posso ouvir sua voz cada vez que o plagio. Ensino algo que um mestre me ensinou e ainda posso sentir a vibração da sua voz empolgada e o peso com que aquela verdade me atingiu no dia em que a conheci…

A questão é, que as pessoas saem das nossas vidas e algumas coisas delas ficam. Presentes, pertences esquecidos no banco de trás do carro, manias, marcas, ideias, coisas… enfim. Elas raramente vêm e vão sem “esquecer” algo no qual podemos tropeçar e lembrar quem elas foram para nós, ou ainda são.

É claro que não deixam só coisas boas, embora eu não queira, aqui, me ater às más. Porém, mais de uma vez, ao terminar relacionamentos ou me afastar de pessoas, me vi obrigada a deletar todas “as coisas de alguém” da minha vida, para que elas não me acenassem, zombando e lancinando meu coração com a dor da decepção e da frustração que me causaram. Fotografias, objetos pessoais, presentes… até o número de telefone e vínculo em redes sociais, dependendo do caso, podem ser “panelas sobre nossos fogões”, nos prendendo a pessoas e situações que já passaram e não nos fazem bem.

Eu gostaria que a minha vó soubesse disso: da sua panela na minha cozinha – a lembrança permanente que ela me traz, tornando-a viva todos os dias dentro de mim; e daquilo que ela consegue me ensinar, mesmo que já não esteja aqui, entre nós – que as coisas de alguém são um pouco da pessoa nas nossas vidas. Cabe a nós decidir o que fica.

Luciana Honorata

 

 

 

 

Eu tenho inveja da minha prima. Mas é aquela “inveja branca”, de tiete, tipo aquela que dá quando você vê Celine Dion cantando e, ao mesmo tempo que acha incrível, maravilhoso, estonteante e todos os sinônimos superlativos que existam, lamenta não conseguir imitar a performance à altura. “Como eu queria cantar como ela!”, você pensa, “um dia, quem sabe, eu chego lá”.

É que ela escreve melhor do que eu. Ela é descolada, divertida, hilária e emocionante. Tudo ao mesmo tempo (ou no tempo certo). Dá vontade de ler mais e mais das coisas que ela escreve, e às vezes é só um email de “oi, ta tudo bem com você?”, e zé fini! Dá raiva! Você fica querendo mais e acabou logo ali, no “dá notícias”.

Mais raiva ainda, porque ela não se esforça pra isso, simplesmente flui dela, como águas de um rio. A danada pensa daquele jeito… vê se pode!

Foi por isso que, desde que ela me mandou (há um bom tempo) um bendito e-mail acerca das coisas do coração (mentira, era sobre minha solteirice :-P, rs…), eu pensei Continue lendo…

Fazer amor

9 de março de 2012 — 7 Comentários

Imagem_O que você sente por mim?

_Ãhn?…

_Eu perguntei o que você sente por mim…

_Hum..

_Diz…

_Como assim “o que eu sinto por você”?

_Ah, você sabe…

_Não, não sei…  Digo, não sei o que você quer dizer com isso.

_Sabe sim.

_…

_…

_Por que essa pergunta agora? Não é óbvio?

_Claro que não é óbvio, e eu quero saber, posso?! É importante pra mim, e você nunca diz…

_Eu nunca digo?! (Olhar fugitivo + cara de contrariedade + oração mental desesperada para que alguém os interrompa)

_… é, nunca diz… (Olhar “gato de botas”)

_…

_… (o mesmo olhar)…

_Tá, tudo bem, para com isso, eu vou dizer…

_! (Faíscas de expectativa e excitação)

_…

_…!!! (Mais faíscas) Continue lendo…

Almas Velhas

12 de outubro de 2011 — 17 Comentários

Quando eu era adolescente, minha mãe sempre dizia que quando somos bem jovens, pensamos ser eternos. Ela não era cristã na época, e falava sob uma perspectiva meramente natural, tentando explicar que nessa fase da vida nos comportamos como se não somente a morte, mas o envelhecimento fosse uma realidade distante, quase utópica para nós.

Eu realmente vasculhava na minha mente algum indício de expectação da morte, algum temor da fadiga, e de fato não encontrava nada. Eu sequer me imaginava com mais de 25 anos, e duvidava secretamente de que um dia teria aquela lucidez da qual ela falava. Continue lendo…

O Contrário do Amor

1 de setembro de 2011 — 4 Comentários

Já que estou sem tempo de escrever esses dias por causa das aulas no Rhema, vou colocar alguns textos que gostei de ler nos últimos tempos. Este é mais um de Martha Medeiros, que além de escrever maravilhosamente bem, tem uma sensibilidade incrível! Vale a pena cada linha! Abraço a todos… até breve!

O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença. Continue lendo…

Olá gente, paz a todos!

Voltei com a parte 5, finalmente. Entretanto, vou avisando que logo logo terei que postar a parte 6, continuando a série, porque esse assunto é como abrir uma lata de minhocas – depois que se abre é difícil fechar.

Espero que vocês sejam abençoados. Abraço e até mais!

“Esta é uma das maiores dúvidas que as pessoas têm, e um dos maiores motivos pelos quais muitas pessoas não querem ficar solteiras – elas acreditam que nasceram para casar. Isto quer dizer que elas acreditam ser esta a sua “missão suprema”, seu propósito de vida, seu alvo. Eu mesma já ouvi não apenas uma, mas várias mulheres fazendo essa afirmação, enquanto argumentavam que Deus lhes havia confiado esta tarefa. Elas dizem: “nunca serei completa se não tiver alguém para auxiliar, porque fui criada para isto – ser a auxiliadora de um homem”. Continue lendo…

Eu to quase uma vlogueira esses dias, né? rs.. só postando videos… É que tem chegado uns ótimos nas minhas mãos, e já que to sem tempo de escrever, vou aproveitando para compartilhar. Este é do espalheoamor.com.br, e considerei muito edificante!  Aproveita aí enquanto não dá pra gente conversar como de costume…

Grande beijo e até o próximo post!

Eu tinha prometido a mim mesma que meu próximo post seria a parte 5 da série “Essa coisa de ser solteiro…”, e não só já tinha um tema em mente, como já vinha escrevendo-o. Contudo, diante de tal oportunidade – leia-se por oportunidade o “dia dos namorados” – decidi “trair” o meu desígnio com este post extra sobre essa festividade peculiar!

Sim, gente, porque esta é mais uma daquelas comemorações “brasileiras”, cujo objetivo é movimentar o comércio e produzir matérias televisivas recorrentes do tipo “O que dar de presente ao seu amado(a)”, “Erros e acertos no look do dia D“, “Receita infalível para jantar à luz de velas” e outras do gênero… Continue lendo…

Livro de Cabeceira

3 de junho de 2011 — 4 Comentários
Oi gente!!!
Que saudade, viu?! Nossa…!
Em primeiro lugar, quero de antemão explicar aos meus irmãos e amigos seguidores do blog, que estive (e estou) ausente há cerca de um mês por causa das aulas que estou dando no Rhema de Belo Horizonte, além das ministrações por aqui… afinal, preciso de concentração né gente?, e não to tendo tempo para mais nada… De fato, está sendo um tempo maravilhoso e edificante. Estou crescendo muito com este povo abençoado e caloroso de Minas! Entretanto, hoje decidi reabrir as postagens com chave de ouro! Gente, eu não podia deixar de compartilhar este texto, do nosso irmão em Cristo Erik Willians, postado em seu blog “Fatos e Focos”! Ele “falou e disse”, como dizemos no Nordeste, e arrasou com a analogia usada no texto para expressar a sensibilidade que um homem deve ter na hora de escolher uma companheira…
 
Então gente, este é um texto para mulheres e homens lerem e se deliciarem…  valeu Erik! Ficou um sucesso!!!
 
Vou lá, em breve estarei postando de novo, ok? Grande abraço!
 
No amor de Cristo, Lu Honorata!
 

Livro de cabeceira

Certa vez tive que responder uma pergunta um tanto o quanto difícil feita por duas amigas questionaram qual o tipo de mulher que os homens procuram. Continue lendo…

Falamos da última vez sobre o medo de ficar só por causa do preconceito, vocês lembram? Ok, mas hoje, vou falar um pouco sobre o medo de ficar sozinho por uma questão de auto-afirmação.

Vamos, primeiro, combinar que não é fácil ser cobrado pelos outros, ok? Contudo, existe algo pior do que isso, que é cobrar a si mesmo! A mais cruel exigência muitas vezes vem da nossa própria alma, a qual o diabo vem espezinhar, cutucar, questionar… Sempre que puder, ele vai fazer você se sentir errado, enganado, e sugerir que você “dê um jeitinho” com as próprias forças na sua situação. Satanás é especialista em forjar medo, e sempre vai tentar injetá-lo em nós, pintando um quadro na sua mente de que você vai acabar ficando velho, amargo e sozinho, jogado em um asilo. Continue lendo…

Bem vindo à terceira parte da nossa longa e profunda reflexão sobre ser solteiro!

Pois é gente, é duro de admitir, mas um dos maiores impedimentos à felicidade dos solteiros é esse: o medo de ficar só, vulgo “ficar para titia (o)”, ou como chamamos aqui no nordeste brasileiro, medo de “ficar no caritó”.

Eu confesso que já passei por essa fase, e testemunho que um dos maiores desafios que um solteiro enfrenta é o de vencer esse temor. Isto porque, de certo modo, estar sozinho implica muitas e muitas coisas que vão muito além da “simples” solidão, mas inclui questões de auto-afirmação, assim como o medo de sofrer preconceito. Continue lendo…

Já que estamos falando sobre ser solteiro nestes dias, decidi postar este vídeo que alguns amigos compartilharam no Facebook e achei que contribuiria demais para nossa reflexão sobre o tema. É bem rapidinho! Dá uma olhada e vai pensando aí, que  em breve vamos voltar a conversar sobre o assunto, ok?

Grande abraço, e até breve!

Então gente, continuando a nossa “saga” sobre a solteirice, vamos combinar que às vezes bate aquela carência mesmo, não é verdade? Afinal, durante toda a nossa vida, praticamente tudo o que nós vemos na TV diz respeito a histórias de casais apaixonados em diferentes enredos: numa época distante da antiguidade, entre balas e carros voando, em varandas e sacadas recitando poemas, entre encontros e desencontros, em bares, ilhas desertas, viagens, perseguições vampirescas, etc, etc e etc… Continue lendo…

Olá pessoal, tudo bem?

Hoje vou começar a falar sobre um assunto complicado de se abordar, embora necessário. Não quero ser tendenciosa, desequilibrada, nem nada parecido com isso. Meu interesse é trazer luz e conforto para quem se encontra neste estado, expondo o que a Bíblia fala a esse respeito, sem entrar em nenhum extremo, amém?

Quero, de antemão, pedir perdão aos rapazes que seguem o blog, caso eu me reporte às mulheres com uma frequência maior. Apesar da visão bíblica a este respeito ir além de gênero, isto pode acabar acontecendo, visto que sou mulher, além de todos sabermos que as mulheres são as maiores afetadas tanto pelo preconceito, como pelas críticas e até pelas investidas do diabo na sua auto-estima.Vocês podem me perdoar, rapazes?! Rsrs… Espero que sim! Então, vamos lá!

Faz certo tempo que esse movimento “pró-casamento” vem me incomodando. Não que eu seja contra casamento ou não queira casar, ta gente? De maneira alguma. Mas é que vejo como um sentimento mal disfarçado nas pessoas de que ser solteiro é praticamente um pecado – sobretudo se você é mulher. Continue lendo…

A Isca Que Você Usa

22 de março de 2011 — 8 Comentários

Certa vez eu ouvi que a isca que você usa determina o peixe que você pega. Eu não entendo de pescaria e nunca sequer pesquei na vida, mas desde que ouvi esta frase nunca mais esqueci a lição que ela me trouxe. É um princípio simples, embora certeiro, que pode influenciar o seu futuro.

Quando se vai pescar (corrijam-me os especialistas se eu estiver falando bobagem) é usada uma isca para cada tipo de peixe que se quer pegar, e quem entende do assunto pode lhe indicar aquela que é mais adequada. Da mesma forma acontece na vida prática, e eu espero que você pare para pensar um pouco comigo sobre isto. Continue lendo…

Oi gente!

Encontrei este post no site Sinal do Reino, escrito pelo irmão Lucas Lainetti a respeito de relacionamento.

Achei muito bom o equilíbrio com o qual ele trata a questão, e decidi postar. Não é só para meninas hoje, ok? O conselho vale para ambos os sexos. Espero que você seja abençoado. Até logo!

“Já ouvi essa pergunta inúmeras vezes, nas suas mais diversas versões, “meu namoro é de Deus?”, “como posso ter certeza de que Deus está abençoando o meu relacionamento?” ou a melhor de todas “como saber se Fulana é a pessoa que Deus separou para mim?”. Continue lendo…