Uma aliada poderosa

15 de novembro de 2010 — 3 Comentários

Há quem despreze o valor da alma. Já ouvi alguns irmãos por aí maldizendo-a, desejando não possuir uma alma, entristecidos, magoados, revoltados por “serem tão da fé”, que melhor seria não ter uma.

De fato, a alma do homem é delicada, melindrosa… às vezes, teimosa, é bem verdade, mas eu costumo pensar que ela é como uma criança, que apenas precisa ser doutrinada da maneira correta.

A alma vibra, chora, se apaixona, fica “amuada”, se ensoberbece, deseja, inveja, desespera, exulta… enfim, a alma oscila entre os hemisférios da vida e da morte, do espírito e da carne, aliando-se, invariavelmente, ao que estiver mais forte.

É extremamente interessante como a nossa alma mostra-se volúvel. Ela é a maior “maria-vai-com-as-outras” que eu, particularmente, conheço. Já percebeu? Presta bem atenção! Basta observar quando vamos a uma conferência ou acampamento espiritual. Nossa! Como ela volta motivada e decidida pelas coisas do espírito! Ambos são “carne e unha”, “faísca e fumaça”, “tampa e panela”! O nosso homem interior, bem alimentado e robusto, conquistou-a como aliada e, unidos, seriam capazes de conquistar o mundo!!!

Em contrapartida, é necessária apenas a volta à rotina, ceder um pouquinho às vontades da carne, ficarmos ocupados com as tarefas do dia-a-dia, nos privarmos do pão da Palavra e comer apenas com o pão de trigo – aquele lá da padaria de seu João – que ela vai se esquecendo pouco a pouco daquela grande ênfase espiritual de outrora, das grandes maravilhas de Deus, dos projetos evangelísticos, dos planos de conquista de uma vida devocional regular, e vai se acomodando… A carne “diz”: vamos!? E lá está ela, com cara de desconfiada, braços dados com a carne, adiando os interesses de Deus e satisfazendo algumas supostas “necessidades imediatas”.

A alma é assim: indecisa. Embora extremamente ensinável. A questão é que, pelo fato de ser aparentemente difícil domá-la e trazê-la como cúmplice na nossa vida com Deus, muitos de nós a repudiamos e queremos subjugá-la, como ao corpo.

Mas a Bíblia não nos ensina a subjugar a alma, nem a escravizá-la! Estas são as recomendações para com o nosso corpo! A nossa alma deve ser tratada, renovada, cuidada… A alma é uma bênção, gente! Ela só precisa ser reconquistada.

Imagine a nossa vida sem a existência da alma! Não teria o colorido das emoções, a adrenalina das lembranças, a sagacidade dos raciocínios… Seria uma vida em preto e branco, de decisões frias e histórias entediantes.

A alma dá sabor às conquistas espirituais, assim como dá brilho aos relacionamentos e sentido às canções.

É certo que a carne teria menos forças sem a alma para colaborar nos seus “desígnios”, contudo, temos que admitir que os nossos cultos seriam menos interessantes e a nossa adoração, apática. Vemos o salmista declarar:

Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome. (Salmos 103.1)

Aleluia! Podemos instruir a nossa alma a bendizer ao Senhor, trazendo-a para junto do nosso homem interior, que tem prazer na Lei de Deus! O melhor de tudo é que, quando a ganhamos, é apenas o começo, pois trazemos o nosso corpo também, e então, andamos na plenitude para a qual fomos criados.

O melhor que podemos fazer, portanto, é nunca desprezar o valor dessa maravilhosa bênção que Deus nos deu, mas tratá-la atendendo ao conselho soberano do Senhor que a criou, que nos diz:

(Romanos 12.2) – E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente (alma), para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Luciana Honorata

3 Respostas para Uma aliada poderosa

  1. 

    Amei Lu…brigadão!!!

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