Há quem despreze o valor da alma. Já ouvi alguns irmãos por aí maldizendo-a, desejando não possuir uma alma, entristecidos, magoados, revoltados por “serem tão da fé”, que melhor seria não ter uma.
De fato, a alma do homem é delicada, melindrosa… às vezes, teimosa, é bem verdade, mas eu costumo pensar que ela é como uma criança, que apenas precisa ser doutrinada da maneira correta.
A alma vibra, chora, se apaixona, fica “amuada”, se ensoberbece, deseja, inveja, desespera, exulta… enfim, a alma oscila entre os hemisférios da vida e da morte, do espírito e da carne, aliando-se, invariavelmente, ao que estiver mais forte.
É extremamente interessante como a nossa alma mostra-se volúvel. Ela é a maior “maria-vai-com-as-outras” que eu, particularmente, conheço. Já percebeu? Presta bem atenção! Basta observar quando vamos a uma conferência ou acampamento espiritual. Nossa! Como ela volta motivada e decidida pelas coisas do espírito! Ambos são “carne e unha”, “faísca e fumaça”, “tampa e panela”! O nosso homem interior, bem alimentado e robusto, conquistou-a como aliada e, unidos, seriam capazes de conquistar o mundo!!!
Em contrapartida, é necessária apenas a volta à rotina, ceder um pouquinho às vontades da carne, ficarmos ocupados com as tarefas do dia-a-dia, nos privarmos do pão da Palavra e comer apenas com o pão de trigo – aquele lá da padaria de seu João – que ela vai se esquecendo pouco a pouco daquela grande ênfase espiritual de outrora, das grandes maravilhas de Deus, dos projetos evangelísticos, dos planos de conquista de uma vida devocional regular, e vai se acomodando… A carne “diz”: vamos!? E lá está ela, com cara de desconfiada, braços dados com a carne, adiando os interesses de Deus e satisfazendo algumas supostas “necessidades imediatas”.
A alma é assim: indecisa. Embora extremamente ensinável. A questão é que, pelo fato de ser aparentemente difícil domá-la e trazê-la como cúmplice na nossa vida com Deus, muitos de nós a repudiamos e queremos subjugá-la, como ao corpo.
Mas a Bíblia não nos ensina a subjugar a alma, nem a escravizá-la! Estas são as recomendações para com o nosso corpo! A nossa alma deve ser tratada, renovada, cuidada… A alma é uma bênção, gente! Ela só precisa ser reconquistada.
Imagine a nossa vida sem a existência da alma! Não teria o colorido das emoções, a adrenalina das lembranças, a sagacidade dos raciocínios… Seria uma vida em preto e branco, de decisões frias e histórias entediantes.
A alma dá sabor às conquistas espirituais, assim como dá brilho aos relacionamentos e sentido às canções.
É certo que a carne teria menos forças sem a alma para colaborar nos seus “desígnios”, contudo, temos que admitir que os nossos cultos seriam menos interessantes e a nossa adoração, apática. Vemos o salmista declarar:
Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome. (Salmos 103.1)
Aleluia! Podemos instruir a nossa alma a bendizer ao Senhor, trazendo-a para junto do nosso homem interior, que tem prazer na Lei de Deus! O melhor de tudo é que, quando a ganhamos, é apenas o começo, pois trazemos o nosso corpo também, e então, andamos na plenitude para a qual fomos criados.
O melhor que podemos fazer, portanto, é nunca desprezar o valor dessa maravilhosa bênção que Deus nos deu, mas tratá-la atendendo ao conselho soberano do Senhor que a criou, que nos diz:
(Romanos 12.2) – E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente (alma), para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Luciana Honorata
Amei Lu…brigadão!!!
Simplismente perfeito… falou tudo com simplicidade, porém com profundidade. rsrssr ameii Lú, estais de parabéns.
Obrigada Mara!
Que bom que gostou!
beijo grande pra ti tbm…
amo vc!