Dizem que não se deve perguntar a idade de uma mulher. Parece que fazer isso, nos dias de hoje, é tido como falta de educação, ética ou etiqueta; um ato considerado como crime passivo de penalidade de fuzilamento, pelo menos no olhar. Isso quer dizer, trocando em miúdos, que se você não quiser correr o risco de ser deselegante, jamais deveria fazê-lo.
Contudo, a poucos dias de completar os célebres-paranoicos-esquizofrênicos 30, considerado comumente como a fronteira etária de conforto para se responder a uma pergunta dessa natureza, tenho me perguntado seriamente quem começou essa brincadeira de mal gosto!
Afinal, o que há de errado ou desonroso em entrar na quarta (ou quinta, ou sexta…) década de sua volátil existência?!
Eu honestamente entendo algumas neuras que se pode ter em relação ao que provavelmente vai acontecer com o seu corpo a partir daí. É justo ponderar sobre o assunto, e é normal se sentir impotente em relação ao caso, mas ainda não justifica tal desconforto.
Alguém poderia tentar explicar, argumentando que os homens têm certo preconceito com mulheres mais (digamos) maduras, e as moçoilas apenas se protegeriam do bullying machista guardando o segredo a sete chaves. Outra pessoa, menos “sociológica” e mais “psicológica”, entretanto, poderia dizer que na realidade as mulheres fazem isso para não se sentirem velhas. (Neste momento estou tentando pensar em outra razão, mas nada me vem à mente…)
Bom, confesso que lembro claramente de, aos 15 anos, pensar exatamente dessa forma: “Mulheres de 30 são velhas, pelamordedeus!”. Achava que, neste ponto da vida, eu já saberia quase tudo relacionado a mim mesma e ao meu futuro, teria minha carreira definida, e todas as lacunas sociais e filosóficas preenchidas, e “blá-blá-blá, já posso morrer em paz!”.
Imaginava, na minha doce inocência Continue lendo…