Arquivos para 30 de November de 1999

A Dor Cega

30 de junho de 2013 — 6 Comentários


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Minha mãe tinha uma unha encravada no dedão do pé. Dessas que ficam feias, horrorosas, e que tinha todo o agravo que uma unha encravada que se preze pode ter – vermelhidão, inchaço, secreção e etc. A coisa tava bem séria.

Isso foi há muito tempo. Na época, meu irmão mais novo tinha por volta de cinco anos e era um pimentinha. Lembro dele estar “travessurando” pra lá e pra cá, quando veio correndo em direção a ela para pedir alguma coisa e, descuidadamente, pisou em cheio justamente na… adivinha! Continue lendo…

Mano Velho

13 de dezembro de 2012 — 12 Comentários

relogio-nas-flores_largeDiz uma dessas músicas que “grudam” na cabeça, que o tempo é um “mano velho”. Coisa esquisita de se dizer, mas, como é paradoxalmente sensata.

O tempo é conhecido nosso, de longa data. Primeiro ignorado, depois desejado, mas em seguida, fatalmente mal interpretado (fiquei tentada a usar as expressões “odiado” ou “desprezado”, pois há aquela fase em que o temos por inimigo – mas estou dada a eufemismos ultimamente).

O fato é que se o tempo fosse uma pessoa (o tal “mano velho”), ele provavelmente seria um indivíduo pra lá de complexado, com um baita sentimento de inferioridade! Não bastasse Continue lendo…

Não pare para esperar

20 de novembro de 2011 — 7 Comentários

Há algo dentro de mim que fica desconfortável com discursos de esperança. Sério, de verdade. Eu não fico muito bem quando ouço alguém enfatizar o valor da espera, pois me dá a sensação de estar parada no tempo, inerte e ociosa, enquanto a vida, dinâmica como é, acontece “lá fora”.

Naturalmente, acho que isso se reflete na quantidade de vezes em que vou ao médico, enfrento fila de bancos, ou vou ao cabeleireiro, por exemplo. É que eu fico imaginando quantas coisas poderia fazer enquanto estou sentada no consultório aguardando ser atendida; quanto eu poderia produzir neste “meio tempo” que se dá entre o começo e o final da fila. É de fato muito angustiante para mim.

No entanto, consigo imaginar algo mais inquietante do que isso: viver uma vida de eterna espera.

É assim que muita gente vive. Eu mesma conheço um monte de pessoas que está sempre esperando por algo. Entra ano, sai ano, lá estão elas, “braços cruzados” diante da vida, aguardando pelo grande dia em que tudo irá mudar e sairão da mediocridade. O dia em que a tão esperada “promessa de Deus” irá se cumprir, o príncipe encantado virá tirar a donzela da masmorra, uma carta do Gugu anunciará a entrega da casa própria, Jesus Cristo se apresentará numa visão dizendo “venha e me siga, tenho algo grande para que você realize”, ou sabe-se lá o que cada um tem esperado.

O que eu sei, é que as pessoas continuam aconselhando-se mutuamente a esperar, e a sensação que me dá, honestamente, é que enquanto isso elas estão deixando de viver e produzir, para sonhar e lamentar. É como se estivessem o tempo todo na antessala das suas próprias vidas, olhando o frenesi do mundo pela janela do tempo e vendo tudo acontecendo para os outros, enquanto batem o pé impacientemente esperando por sua vez. Continue lendo…

Perca Sua Esperança

25 de agosto de 2011 — 2 Comentários

Fazia tempo que eu não visitava o blog da Danny (na verdade, faz tempo que to sem tempo de visitar qualquer blog, rs…), mas hoje, resolvi dar um pulinho lá, e encontrei um texto que me fez desejar compartilhar com vocês, de tão sincero e motivador. Escrito por Rafael Vilarins, vale a pena refletir!

“Não vou escrever sobre a esperança. Não que eu a tenha perdido, mas acho que chega um dia em que a gente deve parar de esperar, e mais ainda, parar de acreditar que algo possa vir acontecer. Não, não estou sendo cético.
O que quero dizer é que não podemos nos apegar e esperar por algo que apenas “pode” acontecer, mas sim em algo que “vai” acontecer!
A palavra em questão não mais é esperança. Ela perde o seu lugar para a fé. Não a difamada fé que vai te fazer ganhar na loteria. A fé sobre a qual escrevo é aquela que vem de Deus. Continue lendo…

Todos nós nos frustramos em algum momento das nossas vidas, todos já tivemos grandes decepções, já passamos por momentos de angústia, desespero… a questão não é quando passamos por essas coisas, mas porque? A origem destes sentimentos, acabei descobrindo, está no lugar onde depositamos nossas esperanças. É isso mesmo, simples assim! Não existe uma grande teia de pensamentos filosóficos e traumas psicológicos que nos levem a uma viagem profunda na mente e no espírito humano, para sondarmos e descobrirmos a causa das nossas derrotas. Não, não há. Isso é um engano que é gerado pra que vc pense que o seu problema não tem solução. Sentimentos assim tomam conta de nós na mesma proporção em que depositamos as nossas esperanças – e confiança – nas coisas e pessoas erradas. Ou melhor: nas coisas e pessoas! É aí que ficamos vulneráveis! Justamente quando depositamos expectativas nas pessoas e circunstâncias: as pessoas são falhas, elas mudam de opinião, são muito volúveis e mesmo quando não são, elas não têm o poder de nos dar tudo o que precisamos, preencher o vazio que há em nosso coração… Vc pode amar muito alguém, mas isso jamais vai resolver a tua vida, isso nunca vai te realizar e pode se transformar em um abismo, pois se você perdê-la, qual será o sentido da sua existência? Morreu? Acabou? Da mesma forma é com as coisas. Tem muitas pessoas que passam a vida investindo suas energias no trabalho, na família, em suas posses… cada vez que conseguem algo, desejam outra mais além. Algumas passam anos desejando possuir algo.Ao alcançarem, conseguem usufruir de uma alegria momentânea q logo se esvai e dá lugar a um vazio q vai tentar preencher com outra meta, e outra, e mais outra… Mas será isso razão suficiente para a existência do ser humano? Será que isso satisfaz a resposta do porque vivemos? Você estará seguro colocando suas expectativas nessas coisas? Se a bolsa de valores quebrar, vai embora com ela a sua razão de existir? Se você tiver que perder todos os seus bens e seu trabalho não for mais útil, vc ainda terá por que acordar pela manhã?! Se você se dedicar à ciência e seu conhecimento, não poderá ficar obsoleto? Se vc construir um legado, por mais belo que seja, ele pode ruir: prédios, instituições, monumentos, recordes… tudo vai passar. Aonde devemos fitar os nossos olhos então? Jesus disse: "passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão"(Mt 24:35) Essa certeza nós temos dentro do coração: antes que nós existíssimos Ele era, e pra sempre será pela eternidade. Ele não pode mudar, nem vai passar. Nele nós podemos colocar nossa esperanças, nEle podemos confiar, nEle podemos descansar… podemos conhecÊ-lo pois nunca ficaremos obsoletos! A perfeição mora nEle, de modo que o que conhecermos não se tornará defasado na próxima publicação da Superinteressante, não há sombra de variação em Jesus. Ele é fiel, amigo e não há como Ele negar a si mesmo. Esse sim é um alvo confiável! Esse sim é um motivo pra viver! Uma cruz que nos deu vida eterna…nos resgatou do império das trevas e nos trouxe à luz!!! Deposite toda a sua confiança e esperança em quem merece. "Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente" 1Jo2.17