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Medo de Amar

3 de janeiro de 2014 — 6 Comentários

tumblr_l1srgadkVE1qbn39vo1_500_largeReza um dito popular que gato escaldado tem medo de água fria, e apesar de não ser muito adepta de ditados, devo reconhecer que existe um tanto de verdade nisso. Uma lamentável verdade, aliás.

Quem foi ferido, abandonado, traído ou amou errado. Quem assistiu de camarote alguém muito querido sofrer por outrem; quem não foi valorizado ou tratado de forma digna; quem se deu completamente e recebeu muito pouco em troca; quem estava disposto a tudo por alguém e teve nada quando precisou; quem amou e se frustrou; quem apostou e “perdeu” ao invés de ganhar… Enfim, quem metaforicamente já bateu com a cara na parede e se arrebentou todo, sabe do que estou falando e, bem provavelmente, tem medo de amar.

Já ouvi tantas vezes, de tantas pessoas, de lugares e idades diferentes, que não acreditavam mais no amor, que isso já virou clichê. Elas parecem predispostas a ter essa atitude mental, e se acovardam tão facilmente, que comprometem a saúde da sua vida como um todo.

Gente que têm medo de amar, de se doar, de dar o melhor que possui, de acreditar nas pessoas e estabelecer seus relacionamentos com confiança, tudo por causa de antigas experiências frustradas que se tornaram uma espécie de referencial do mal, assombrando todos os vínculos que começam a ser estabelecidos. Gente dolorida por dentro, que caiu numa espécie de autismo emocional, e perde o melhor de quem é bom, por causa do pior de quem é mau.

Eu as entendo. Já levei meus baques, e não poucos. Já feri e fui ferida, e sei bem do que estou falando. Compreendo perfeitamente quem se comporta como um cachorro chutado, que se acua num canto de parede ao ver pés dentro de sapatos vindo em sua direção, e acho que a maior parte de nós já viveu isso de algum modo.

Não falo apenas de relacionamentos conjugais, me entenda, até porque não amamos somente dessa maneira. É claro que nesse tipo de relacionamento é bem mais frequente, mas tem gente que foi tão ferido pelos pais, por exemplo, que tem medo de amar o Pai celestial. Existem pessoas que já foram tão abandonadas por amigos, que não conseguem mais ter vida social. Há outras que foram tão exploradas, que não conseguem confiar em mais ninguém… Pessoas enganadas, traídas e abusadas. Tantos tipos de dor e medo, para tantas quantas diferentes maneiras de amar existam.

Porque amar, sejamos francos, também é sofrer, e acho que muitos de nós pensamos no amor de uma forma tão romântica, que não conseguimos enxergar isso. Amar de verdade envolve abnegação, compreensão e perdão. E nada disso é fácil. Significa deixar-se em segundo plano e aceitar o outro integralmente, o que significa que não vai ser exatamente como se quer ou espera.

Veja bem, não quero dizer que quem ama faz o outro sofrer (nunca jamais!), mas que quem ama sofre, pois a bíblia ensina que o amor “tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta”, logo, ter medo de amar por ter medo de sofrer é uma grande contradição!

Amar é sofrer, e disso não podemos fugir. Não o tempo todo, não de todas as formas, mas de algum modo, sem dúvida. Há dor em engolir o orgulho. Há dor em perdoar (mas também há alívio). Há dor em priorizar os interesses dos outros em detrimento dos nossos. Há dor em renunciar. Há tanta dor em esperar, em ser gentil frente à rispidez, em silenciar diante da afronta… Há, de fato, muitas dores no amor, mas há graça para todas elas, e uma glória para cada uma.

Há um tipo de sofrimento que Deus não quer que passemos, é verdade. Há certas coisas que não precisamos mais passar, porque o Senhor já levou-as com ele na cruz. Não precisamos mais passar pela morte espiritual, definitivamente! Também todas as dores e enfermidades ele verdadeiramente carregou-as consigo, depois de toma-las sobre si, assim como a dor da privação, da miséria e do castigo. Não precisamos sofrer mais nada disso!

Mas Jesus nunca prometeu que não seríamos decepcionados pelas pessoas que amamos. Muito pelo contrário, ele advertiu que nossos inimigos seriam os da nossa própria casa (Mt 10.36), e ensinou sobre perdão tantas vezes, de tantas formas, com e sem palavras, que precisaríamos de um livro para falar de todas. Ele não enfeitou o maracá, nos fazendo acreditar que as pessoas nunca nos feririam – ele não nos iludiria jamais.  Preferiu gastar seu tempo ensinando-nos a como passar pelas decepções sem perder a paz, a alegria, a comunhão com Deus e… a fé nas outras pessoas!

Já pensou se Jesus pensasse como tantos de nós? Ele nunca teria restaurado Pedro, e teria ficado desconfiado com os outros dez depois da traição de Judas. Mas Jesus não tinha medo de amar – ou de quebrar a cara, como costumamos dizer. Ele acreditava sempre no melhor das pessoas, e apostava nelas sem receio algum.

Tratava-se dele e não dos outros. Do seu caráter, da sua personalidade, do seu jeito de ser. Acreditar nas pessoas, trata-se de quem nós somos ou queremos ser, e não de quem elas são! Decidimos acreditar no melhor das pessoas não porque conhecemos seus históricos de boas obras e ética profissional, seus caráteres indefectíveis e maduros, mas porque nascemos para ser crédulos, já que nenhum homem nasceu para ser mentiroso.

Pensando bem, Deus não nos fez para a mentira. Ele não nos criou para enganar e ferir, sermos rudes e mesquinhos. Nascemos de Deus e, essencialmente, com a sua capacidade de amar e crer nas pessoas, ainda que sejamos feridos novamente…

Eu decidi que não vou medir as novas pessoas que conheço pelas antigas. Cada indivíduo tem uma história, uma personalidade, um contexto de vida e um caráter. As pessoas que entram nas nossas vidas não têm culpa do estrago que outras que passaram antes fizeram. É injusto usar a mesma régua para medi-las. Além do mais, existe muita gente boa, com um coração segundo o de Deus e cheio de amor pra dar, para conhecermos… só precisamos encontrá-las.

Não estou dizendo com isso que devemos nos expor, ou sermos irresponsáveis com nossos relacionamentos, servindo de capacho para quem só pensa em nos usar. Longe disso! Há um ponto de equilíbrio nessa questão, como em qualquer outra. Mas acredito piamente que podemos ser menos covardes e deixar nossos corações livres para gratas surpresas, novas amizades, novos amores, novas conexões que serão verdadeiras dádivas de Deus para nossas vidas…

Sei disso porque aprendi do Mestre Jesus, e porque decidi ser ousada o suficiente para pôr em prática. Hoje eu digo “ainda bem…”, e com o coração cheio de gratidão, louvo a Deus pelas gratas surpresas que ele tem me proporcionado.

Medo de amar? Não mesmo! Pois “no amor não existe medo; antes o verdadeiro amor lança fora todo medo” e “aquele que teme não é aperfeiçoado no amor”.

Não temamos fazer aquilo para o que nascemos… Nós nascemos para amar.

Luciana Honorata

200289543-002Agora que já entendemos que a Bíblia é uma revelação progressiva, podemos compreender que o Novo Testamento explica o Antigo e que muito do que foi escrito lá atrás era uma declaração específica, para um povo específico que estava numa condição específica, ou seja, não serve integral e especificamente para nós.

Não é o caso, entretanto, de ser inútil – isso seria, inclusive, uma blasfêmia, pois o apóstolo Paulo claramente aponta que “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, correção e educação na justiça”. É só que ler o “obscuro” é o caminho mais longo para se compreender a vontade de Deus; além disso, verdade seja dita, indo por lá é mais provável que a gente se complique mais do que se ajude.

Veja bem, a questão é que nem tudo o que está escrito na Bíblia foi escrito para a Igreja! Nós podemos sim, tirar proveito de tudo o que está escrito de algum modo, mas isso não quer dizer que todas aquelas palavras foram direcionadas a nós, e é aí que temos errado.

Precisamos compreender que apesar de Deus não ter mudado, a situação em que o homem se encontra diante de Deus mudou muito ao longo das eras. Deus continuou sendo o mesmo, no entanto, a condição do homem mudou.

Adão, por exemplo, tinha uma condição antes de pecar e outra depois – ele já não era o mesmo depois de desobedecer a Deus, logo, seu relacionamento com ele e as regras que o regiam não eram iguais.

Do mesmo modo, depois da Lei ser entregue a Moisés, a situação do homem perante Deus também mudou, pois a partir de então um regulamento que deveria ser seguido e pelo qual o homem seria julgado foi estabelecido.

Com a vinda de Cristo, sua morte e ressurreição, outra realidade foi instituída e, consequentemente, uma nova era (a da graça) com uma nova lei (do amor) se iniciou.

É claro que estou sendo simplista e resumindo tudo pra facilitar a nossa vida! O que eu quero, é que fique claro que a Bíblia é um conjunto de livros que, reunidos, contam uma história que só faz sentido quando sabemos lê-las.

A primeira coisa a ser considerada aqui, portanto, é que o Antigo Testamento não foi escrito para a Igreja de Cristo, isto é, não foi direcionado a ela. Se ele fosse uma carta, no campo “destinatário”, estaria escrito “aos Judeus Israelitas”.

Ora, isso explica muita coisa!

Explica, por exemplo, porque eu me senti tão mal ao ler as terríveis palavras de Jeremias para o povo de Judá.

De vez em quando, na minha infância espiritual, eu abria a Bíblia com o intuito de conhecer Deus e, como alguém havia me dito que a Bíblia era Deus falando comigo, como boa crente que sempre fui (e modesta, é claro, rs…), acreditei naquilo. Abri em Jeremias 17 e li:

“O pecado de Judá está escrito com um ponteiro de ferro e com diamante pontiagudo, gravado na tábua do seu coração e nas pontas dos seus altares… os teus bens e todos os teus tesouros darei por presa, como também os teus altos por causa do pecado, em todos os teus territórios! Assim, far-te-ei servir aos teus inimigos, na terra que não conheces… Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”

“Enganoso… meu coração… corrupto… servir meus inimigos… terra estranha… ferro no coração… pecado… Ai, Jesus, me acode!”, eu pensava. E ficava com aquele sentimento de condenação, tentando me lembrar de cada pecado não confessado, procurando “cabelo em sapo”, com medo de Deus, como se a qualquer momento pudesse ser fulminada.

Mas, ei! não era a respeito de mim que Deus estava falando aquilo. Nem é a seu respeito, irmão (aleluia, o conhecimento realmente liberta!). Isso não tem nada a ver conosco, mas eu me perguntava como podia haver tantas coisas boas e ruins ao mesmo tempo escritas sobre nós dentro da mesma Bíblia. Como poderia Deus parecer um bipolar, bastando, para isso, virar algumas páginas?!

Simples: o Antigo Testamento não foi endereçado a nós.

O que Jesus resumiu como “a Lei de Moisés, os Profetas e os Salmos” (Lc 24.44) – o Antigo Testamento – era direcionado aos judeus, e contava uma história e regulamentava um modo de vida que lhes servia naquele tempo, antes de Deus resolver as coisas de forma definitiva através de Jesus. Mas tudo aquilo durara até João Batista (Lc 16.16), e a partir de então começou a ser anunciado o reino de Deus e, somente depois, ser gerada a Igreja.

Para falar bem a verdade, a Igreja ainda não existia nos tempos do AT e ninguém sequer sabia que ela um dia haveria de ser – ela era um mistério. Ninguém tinha conhecimento de que os gentios (todo aquele que não era descendente de Abraão e, portanto, que não era judeu), um dia poderiam ser considerados como povo de Deus, e que o Todo Poderoso ia confundir a teologia dos doutores da Lei, unindo todos os seres humanos (judeus e não-judeus) num só Corpo – a Igreja.

Quando lemos o Antigo Testamento, portanto, estamos vendo Deus tratando com o homem nas limitações daquela época, quando Jesus ainda não tinha vindo e resolvido o problema do pecado, isto é, quando a Nova Aliança ainda não havia sido estabelecida no seu sangue e o coração do homem ainda não havia sido purificado pelo sacrifício de Cristo.

É por essa razão que não é bom que comecemos a ler a Bíblia a partir de Gênesis, mas o ideal é começar pelo Novo Testamento – formado pelos Evangelhos, Atos dos Apóstolos e pelas Epístolas, dando especial atenção a estas, pois foram cartas escritas pelos apóstolos para as igrejas da época com o intuito de instruí-las, corrigi-las e fundamentá-las na verdade.

Elas simplificam (e muito) a nossa vida pelo simples (e maravilhoso) fato de serem direcionadas a nós! Foram escritas para explicar-nos como deve ser a nova vida em Cristo, e quais são as regras que estão valendo depois de estabelecida a Nova Aliança!

Ora, esta é uma Nova Aliança ou um Novo Contrato que, segundo a explicação das epístolas, é superior à Antiga, firmada ou estabelecida em promessas superiores (Hb 8.6) e tem novas regras! (Hb 7.12)

A igreja tem errado em ficar se detendo na leitura e no estudo do Antigo Testamento, firmando suas pregações e ensinamentos naquilo que disse Moisés, naquilo que fez Elias, nas atitudes que teve Davi e os demais profetas. Estamos numa melhor condição que todos eles, e precisamos nos orientar pelos referenciais certos!

Irmãos, estamos numa aliança superior!!!

Biblia

A primeira dica realmente importante para quem quer ler a Bíblia corretamente, é entender que ela é uma revelação progressiva. Pode ser que você já tenha ouvido essa expressão, mas não saiba exatamente o que ela significa, e o objetivo aqui é esclarecer esse princípio.

Afinal, o que é essa tal revelação progressiva de que as pessoas tanto falam?

Significa dizer que Deus se revelou para o homem progressivamente, de modo que o homem sabia muito pouco a respeito de Deus no princípio, mas aos poucos, gradativamente, ele foi revelando a si mesmo e a seu propósito para a humanidade. É como se aquilo que era “obscuro” fosse clareando mais e mais, até que houvesse luz suficiente para que fosse visto com clareza.

É por essa razão que nos embaraçamos tanto quando lemos a Bíblia do começo, a partir de Gênesis, pois queremos entendê-la olhando para o nebuloso, quando o ápice da revelação de Deus se dá com a presença de Jesus na Terra. Hebreus diz:

“Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo. O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser…” (Hebreus 1.1-3)

Sim, Deus falou com o homem desde o princípio, não poucas vezes, mas muitas, e não somente de uma maneira, mas de diversas. Deus falou com o povo por meio dos profetas e da Lei, no entanto, desde que Jesus começou seu ministério até os tempos de hoje, é por meio dele que Deus nos fala, e é a ele que devemos ouvir, pois ele é a “reprodução precisa de Deus em todos os aspectos”.

Jesus é o ponto final da progressão na qual Deus se revelou, o clímax dela. Ele é aquele que dá sentido ao início, meio e final da Bíblia. Diz-se que ele é a “chave hermenêutica” das Escrituras, e essa expressão tão bonita quer dizer, simplesmente, que se quisermos compreender qualquer coisa que esteja escrita entre Gênesis e Apocalipse, devemos ter em mente que tudo é sobre Jesus, aponta para ele e converge na sua pessoa. Ele é a expressão EXATA de quem é Deus, e ao mesmo tempo de como nós, filhos, devemos ser.

Isto nos mostra que o Novo Testamento é a palavra final. Ele interpreta o Antigo. O livro de Hebreus é um excelente exemplo disso, pois foi visivelmente escrito para esclarecer que todos os ritos e cerimoniais da Lei eram uma figura, um “tipo”, uma sombra da realidade consumada por Jesus. Na verdade, Hebreus explica o propósito do Pentateuco e encerra a questão – estamos em uma aliança superior, baseada em superiores promessas. (Hb 8.6)

É por isso que quando pregamos no Antigo Testamento devemos pensar sobre que aspecto de Jesus o texto mostrará, já que a tônica da pregação da Igreja deve ser Cristo. O uso correto da Bíblia, portanto, é que o Novo Testamento é a revelação final de Deus, e a Bíblia deve ser interpretada sempre à luz da pessoa e dos ensinos de Jesus.

Lucas 16.16 diz: A lei e os profetas duraram até João [Batista]; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele.

Por que, então, ainda queremos tomar o Antigo Testamento regra de fé? Porque não compreendemos isso muito bem, mas vamos chegar lá!

João, inspirado pelo Espírito Santo, disse algo fantástico que lança muita luz nessa questão:

Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito [Jesus], que está junto do Pai, o tornou conhecido. (João 1.18 – NVI)

Jesus fez com que soubéssemos quem é Deus, ele nos mostrou o Pai! A versão Revista e Atualizada diz que ele o REVELOU, e de fato, a palavra grega utilizada é exegeomai, que quer dizer “intérprete”, “porta-voz”, “aquele que guia ou conduz até”, assim como os mestres da Lei se levantavam nas sinagogas para interpretá-la. Jesus, entretanto, interpreta Deus para nós com exatidão, e não com uma vaga ideia a seu respeito.

Mas olha só, o mais importante é que João não diz isso assim, “do nada”. Ele diz essas palavras justamente depois de afirmar que Deus havia dado a Lei a Moisés (o Antigo Testamento), mas que a GRAÇA e a VERDADE vieram por meio de Jesus Cristo (v.17), o que significa que ele está dizendo basicamente algo como: “Nem mesmo Moisés, a quem Deus entregou a Lei, chegou a vê-lo (apesar de tradicionalmente os judeus pensarem que ele o viu face a face); logo, ele não o conhecia bem o suficiente a ponto de falar a seu respeito com propriedade, já que tinha uma noção muito limitada da sua pessoa. Moisés nem sequer trouxe a verdade, mas a Lei, que apenas conduzia até aquele que a traria”.

Em contraste com isso, João diz que Jesus trouxe a graça e a VERDADE, o que equivale dizer, em termos práticos, que antes de Cristo não havia verdade no mundo, mas apenas vislumbres dela. E ele não somente viu a Deus, como nos revelou o seu caráter e propósitos, posto que os conhece muito bem.

Em suma, o objetivo do texto é mostrar que é somente por meio de Jesus que podemos conhecer a Deus. Que Cristo é o único que tem propriedade, competência, condições de nos mostrar quem é o Pai. É olhando para Cristo que entendemos os porquês do antes (Antigo Testamento), do agora e do depois (o milênio que iremos inaugurar com a sua segunda vinda, e a eternidade que nos aguarda).

Certa vez Filipe pediu ao próprio Jesus que lhes mostrasse o Pai, e se Jesus fosse nordestino, tinha chamado ele de abestado, tenho certeza! “Ta vendo não, menino?! Pelamordedeus, olhe pra mim que é a mesma coisa, meu filho! Esse tempo todo pra cima e pra baixo com vocês, e ainda não perceberam que tudo o que eu faço é pra mostrar quem ele é? Aquilo que eu digo é porque ouço dele, e aquilo que faço é porque vejo ele fazer!” (João 14.8-11). Entendeu agora ou quer que eu desenhe?! (essa parte digo eu, não o Senhor, só pra descontrair rsrs…)

Mas o fato, é que isso Moisés e a Lei não podem fazer, até porque não lhes pesa como obrigação (a Lei nunca pretendeu revelar Deus, mas guiar o homem até aquele que o faria). Davi também não o pode, mesmo com tantos salmos maravilhosos e proféticos, inspirados pelo Espírito. Elias e Eliseu, com toda a sua unção e poder, apenas o apontam e glorificam, mas nenhum deles lhe explica de fato. Afinal, nenhum míope pode produzir uma pintura fidedigna à realidade da “paisagem”.

*Continua no próximo post… Até lá! 😉

66259b93b65e3f9b01c0-54Que nós devemos, como crentes, ler a Bíblia, todo mundo sabe assim que nasce de novo (aliás, até os incrédulos têm conhecimento disso); o que muita gente não sabe, entretanto, é como fazê-lo.

Quando eu me converti, eu queria conhecer Deus. Eu não queria ser religiosa – queria aprender a ser filha, conhecer a vontade do meu Pai, aprender sobre a nova vida que estreara no maravilhoso dia do “sim, eu te recebo, Jesus”.

Já haviam me dito que a Bíblia é a Palavra de Deus, e que tudo o que eu precisava saber estaria lá, então, eu imediatamente pensei, “ah, ficou fácil, eu adoro ler!”. Fico pasma em perceber o quão redondamente enganada eu estava! Não acerca da fonte da verdade, muito menos acerca do meu amor pela leitura, mas definitivamente pela ingenuidade de acreditar que seria tão simples assim.

Tive muitas dificuldades. Com a linguagem pra lá de rebuscada, primeiramente. Depois, com relação à sequência de ler a bendita (o que não deveria ser um problema, já que um livro “deve” ser lido sequencialmente, da sua primeira página, à ultima, não é vero?! Afinal, quem é o doido que começa a ler uma obra pelo meio? Bem, veremos que a Bíblia poderá muito bem ser uma exceção a esta regra.)

Além do mais, depois de Gênesis o negócio ficava tão “tenso” (vulgo complicado), que eu perdia a motivação pra ler. As genealogias, os rituais, os nomes de todos aqueles povos que eu não tinha ideia de quem eram e de como danado tinham caído de paraquedas nas histórias, as profecias excêntricas e “confusas”, a narrativa cansativa (cheia de simbolismos que eu ignorava), os eufemismos… Era tanto empecilho, que acabava se tornando muito desgastante para um bebê espiritual! (Você sabe, o tempo de atenção de uma criança é bem curto, já dizem os pedagogos…)

Eu ficava meio condenada por causa disso, e lia um salmo ou outro, escolhido aleatoriamente, pra aliviar minha consciência.  Às vezes, lia alguns capítulos de algum dos evangelhos (também sem ordem), ou de alguma epístola, mas ficava aquela sensação de desorganização. Eu pensava , “estou lendo um livro, como vou entender sua história se continuar assim, pra lá e pra cá, sem obedecer uma sequência?”.

Foi mais ou menos nessa fase que eu meio que desisti da Bíblia e decidi procurar livros cristãos e estudos bíblicos em blogs e sites na internet, para matar minha fome de conhecimento – o que não me ajudou muito, vale salientar. É claro que há muita coisa boa escrita por muita gente experiente no assunto, mas diante de tanta coisa diferente sendo afirmada com tanta veemência, como eu saberia o que realmente era bom?

Sem pensar muito nisso, devorei dezenas de livros em meses, e me engasguei com muitas “espinhas” que me incomodaram por anos. Por onde tenho passado ensinando a Palavra e conversando com as pessoas, tenho percebido que este é o calcanhar de aquiles de muito crente bem intencionado e estudioso, que tem caído em pegadinhas doutrinárias, enganos e erros simples (só que não), que poderiam ser evitados ou resolvidos com um pouco mais de conhecimento.

Mas graças a Deus, a luz chegou! Gradativamente, comecei a compreender algumas coisas acerca da Palavra de Deus que foram fundamentais na minha busca pela verdade, e senti o desejo de compartilhá-las aqui no blog.

É claro, entretanto, que não dá pra fazer isso em um texto apenas. É por essa razão que será necessário transformar esse post num tipo de série. Mas quero ressaltar que não pretendo ser sistemática ou “profunda” demais, embora vá pontuar algumas “regrinhas” que descobri como muito relevantes para a leitura e interpretação bíblicas.

Minha ideia é facilitar! Quero, de forma simples e direta, ajudar os irmãos a também usufruírem melhor do estudo das Sagradas Escrituras.

Espero que você seja abençoado, e quero que saiba que pode comentar e/ou fazer perguntas relacionadas ao assunto, dando sugestões que poderão (ou não, tá pessoal?) tornar-se tema dos posts.

Paz a todos e até lá!

Esta é a paráfrase da afirmação feita por Tassos Lycurgo no Café Filosófico da UFRN, cujo vídeo está disponibilizado no You Tube, e estou reproduzindo neste post. Eu sei, com conhecimento de causa, qual o sentimento compartilhado pelos ateus, pois eu tive durante cerca de 10 anos o ceticismo e o orgulho que cega aqueles que se dizem pensadores, mas rejeitam todas as evidências INCONTESTÁVEIS de que a existência de Deus é mais lógica e plausível, do que a negação do seu ser.

Nestes dois videos que se complementam, Tassos mostra de forma imparcial e não religiosa, que o conhecimento científico não nega, mas pelo contrário, aponta para a existência de um DEUS criador e pessoal. Continue lendo…

Não pare para esperar

20 de novembro de 2011 — 7 Comentários

Há algo dentro de mim que fica desconfortável com discursos de esperança. Sério, de verdade. Eu não fico muito bem quando ouço alguém enfatizar o valor da espera, pois me dá a sensação de estar parada no tempo, inerte e ociosa, enquanto a vida, dinâmica como é, acontece “lá fora”.

Naturalmente, acho que isso se reflete na quantidade de vezes em que vou ao médico, enfrento fila de bancos, ou vou ao cabeleireiro, por exemplo. É que eu fico imaginando quantas coisas poderia fazer enquanto estou sentada no consultório aguardando ser atendida; quanto eu poderia produzir neste “meio tempo” que se dá entre o começo e o final da fila. É de fato muito angustiante para mim.

No entanto, consigo imaginar algo mais inquietante do que isso: viver uma vida de eterna espera.

É assim que muita gente vive. Eu mesma conheço um monte de pessoas que está sempre esperando por algo. Entra ano, sai ano, lá estão elas, “braços cruzados” diante da vida, aguardando pelo grande dia em que tudo irá mudar e sairão da mediocridade. O dia em que a tão esperada “promessa de Deus” irá se cumprir, o príncipe encantado virá tirar a donzela da masmorra, uma carta do Gugu anunciará a entrega da casa própria, Jesus Cristo se apresentará numa visão dizendo “venha e me siga, tenho algo grande para que você realize”, ou sabe-se lá o que cada um tem esperado.

O que eu sei, é que as pessoas continuam aconselhando-se mutuamente a esperar, e a sensação que me dá, honestamente, é que enquanto isso elas estão deixando de viver e produzir, para sonhar e lamentar. É como se estivessem o tempo todo na antessala das suas próprias vidas, olhando o frenesi do mundo pela janela do tempo e vendo tudo acontecendo para os outros, enquanto batem o pé impacientemente esperando por sua vez. Continue lendo…

De um modo geral, adoro os vídeos do Rob Bell, mas esse é demais!

Ser discípulo é bem mais do que ir à igreja… Seja abençoado!

Perca Sua Esperança

25 de agosto de 2011 — 2 Comentários

Fazia tempo que eu não visitava o blog da Danny (na verdade, faz tempo que to sem tempo de visitar qualquer blog, rs…), mas hoje, resolvi dar um pulinho lá, e encontrei um texto que me fez desejar compartilhar com vocês, de tão sincero e motivador. Escrito por Rafael Vilarins, vale a pena refletir!

“Não vou escrever sobre a esperança. Não que eu a tenha perdido, mas acho que chega um dia em que a gente deve parar de esperar, e mais ainda, parar de acreditar que algo possa vir acontecer. Não, não estou sendo cético.
O que quero dizer é que não podemos nos apegar e esperar por algo que apenas “pode” acontecer, mas sim em algo que “vai” acontecer!
A palavra em questão não mais é esperança. Ela perde o seu lugar para a fé. Não a difamada fé que vai te fazer ganhar na loteria. A fé sobre a qual escrevo é aquela que vem de Deus. Continue lendo…

Jesus ou Yeshua?

19 de junho de 2011 — 2 Comentários
Olá povo!

Enquanto não chega o tempo de postar algo novo (por pura falta de tempo mesmo!) , vou “Compartilhando Rhema” com vocês novamente. O irmão Flávio Barros falou de um assunto que vez por outra encontro alguém com dúvidas sobre ele…

Bom, se vc um dia se perguntou sobre qual a forma correta de se reportar ao seu Senhor, aqui vai uma ótima explicação para tirar este fardo de sobre a sua vida. Lê aí, sê edificado e visita o blog pra lá de abençoado do nosso irmão da fé!

Grande beijo a todos e até o próximo post! =)

Lu Honorata.

JESUS OU YESHUA?

“Certa vez, encontrei um amigo desnorteado, parecia que estava perdido em seus muitos pensamentos, ao ver-me ele disse-me: “Estou com algumas dúvidas a respeito da minha fé, pois ao lê um artigo religioso, entendi, que todos nós estamos enganados, o artigo dizia que adoramos um falso deus, pois o nome do verdadeiro Jesus é Yeshua. Já que um nome próprio não deve ser traduzido e sim apenas transliterado, ao adorar a Jesus, adoramos a um falso deus”. Continue lendo…

Olá pessoal!

Eu ando sumida, assumo, mas vocês não têm ideia da correria destes dias na minha vida! Estou me preparando para mais uma viagem, e ta bem apertado para parar e escrever, no entanto, recebi este texto da Glória Kallil por email e achei tãããooo legal que não podia deixar de compartilhar com vocês. Depois dessa, duvido você achar que ser chique é bobagem!!! Show de texto, show de ideias, show de conclusão! Palmas para a Glória Kallil e para quem “pegou a visão”… Lê aí!

Abraço grande, volto em breve!!!

Lu Honorata

“Nunca o termo “chique” foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje. A verdade é que ninguém é chique por decreto e algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda … elegância é uma delas..! Continue lendo…

Jamais me lembrarei

26 de abril de 2011 — Deixe um comentário

Oi gente!

Está difícil parar para escrever, devido às muitas atividades e às aulas no Rhema. Logo, logo, estarei voltando a escrever com regularidade, porém, enquanto isso, decidi postar alguns dos textos que me abençoaram nos últimos dias. O de hoje, é um devocional do irmão Kenneth Hagin, do livro “Alimento da Fé”. Volto em breve, ta? Me espera… =)

Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos, acrescenta: E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades. HEBREUS 10.16,17

Quando Deus olha para você, Ele não Se lembra de que você tem algum passado. Por que você deseja lembrar-se do seu passado? Pode ser um impedimento à sua fé. Continue lendo…

Carta aos “Apologistas”

27 de março de 2011 — 7 Comentários

Para quem não sabe, apologista é alguém que toma para si a responsabilidade de “defender a fé”, a verdade da Palavra de Deus ensinada e testemunhada pelas Escrituras sagradas.

Poderíamos dizer que todo cristão tem potencial para ser apologista, e deveria sê-lo na prática, porque é necessário que estejamos sempre alerta aos falsos mestres e doutrinas enganosas que possam surgir, sendo infiltradas de modo sutil nas nossas igrejas, fazendo-nos enveredar por caminhos que não são o da Palavra de Deus.

Bom, isto é um fato, e eu particularmente adoro ver um apologista em ação, falando ou escrevendo algo que corrija um pensamento doutrinário equivocado, ou ensine o caminho correto segundo a Palavra. Entretanto, algo tem me dado náuseas, e eu decidi expressar minha indignação quanto a isso neste texto: são os “apologistas” sem ética. Continue lendo…

Falo ou não falo?

21 de fevereiro de 2011 — 2 Comentários

Eita povo, como faz tempo que a gente não se vê por aqui, hein!?! Nossa, estou com saudades de escrever, de postar, de ler,  de blogar…! Saudades de visitar os blogs amigos e ser abençoada lendo as experiências e os pensamentos dos meus irmãos… MAS TO SEM TEMPO!!! rsrs…

Estes últimos dias, tive que me desdobrar e fazer umas horas extras para poder entregar um trabalho no prazo, e fiquei completamente sem condições de escrever. Acho que ainda vou demorar uns dias pra voltar de “mesmo mesmo” ta pessoal? Mas não vou deixar de postar um texto óóótimo sobre liberar sua fé, da pra. Nana Van Vessen, pra q vc seja abençoado, amém?

Beijo grande! Saudades maiores ainda…

No amor de Cristo,

Lu Honorata.

“Criei o título acima para chamar a sua atenção para o ponto essencial,  primordial que não pode faltar para a sua compreensão e prática completa a respeito do assunto FÉ. Se esse último aspecto, (considerando também a questão do não duvidar em seu coração mas crer) não for colocado em prática, a fé não produzirá o resultado esperado. Entenda que, de forma alguma, o Senhor deixará de ser misericordioso ou deixará de operar milagres naqueles que são neófitos na fé e não entendem ainda esses princípios. Antes de qualquer coisa, DEUS É AMOR. Por isso é que nós devemos conhecer e prosseguir em conhecer ao Senhor (parafraseando parte de Oséias 6:3) Continue lendo…

A cura é o pão dos filhos

25 de janeiro de 2011 — 1 Comentário

Este é um dos textos do irmão K. Hagin que mais me ajudaram a compreender que a cura é uma PROVISÃO DO PAI para seus filhos. É direito nosso conquistado por Jesus, não algo que dependa do humor de Deus. Extraí do livro “A Palavra de Deus: Um Remédio Infalível“. Muito legal! Vale a pena meditar nisso e, se puder, leia o livro!

“Devemos inclinar nossos ouvidos às razões de Deus para que possamos ter vida e saúde. Em Sua caminhada terrena, Jesus foi a vontade de Deus em ação para trazer vida e saúde às pessoas. Portanto, o que mais disse Jesus sobre a cura? Continue lendo…

Eleve os seus olhos

13 de janeiro de 2011 — 1 Comentário

Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? (Salmos 121.1)

O salmista tinha uma pergunta a fazer; ele queria saber de onde lhe viria a ajuda de que precisava.

Podemos concordar que, seja lá qual fosse a circunstância que ele estivesse vivendo, assim como eu e você em alguns momentos, ele precisava de alguma coisa que não via possibilidades naturais de conseguir, do contrário, não teria se questionado nem olhado para os montes, mas teria agido simplesmente. Continue lendo…

O fim da razão?

9 de dezembro de 2010 — 2 Comentários

No meio pentecostal é muito comum vermos as pessoas supervalorizarem as manifestações do Espírito na igreja. Eu não entendo bem o porquê, mas elas tendem a associar isto ao fim de qualquer racionalidade humana. É como se pensassem que quando Deus regenera nosso coração, no “contrato” esteja o aniquilamento do nosso cérebro, da nossa capacidade de raciocinar, discernir e compreender as coisas.

Existe um sofisma de que, após o novo nascimento, a razão é extinta e então, Deus passa a pensar no nosso lugar. Tudo o que precisamos fazer, segundo esse pensamento, é entrar numa espécie de “estado vegetativo” onde não precisamos compreender nada, mas tudo é apenas “recebido” por uma suposta revelação – por osmose.

Viver pela fé, para alguns, virou sinônimo de viver na ignorância. Continue lendo…

Apenas parece…

16 de novembro de 2010 — Deixe um comentário

Como é comum de se ouvir por aí, a vida é uma caixinha de surpresas! Sempre há algo acontecendo inesperadamente, um evento que não estava no nosso cronograma e nos pega “de assalto”. Geralmente, somos tentados a refazer os nossos planos por causa destas circunstâncias imprevisíveis. Elas aparecem e parecem ecoar um sonoro NÃO àquilo que pedimos ao Pai ou que ousamos chamar à existência pela fé na Palavra.

Quase podemos ouvir a zombaria do diabo ao pé dos nossos ouvidos, sua risada sarcástica “pseudo-triunfante”, fazendo nos sentirmos muito aquém do que a Palavra garante que somos: mais do que vencedores!

Por alguns momentos, quase acreditamos que ele prevaleceu sobre nós, e acontece que, se atentarmos para o quadro natural à nossa frente, é exatamente essa a impressão que teremos: a de desfalecimento diante da aparente derrota.

Parece que ele ganhou, parece que não tem mais jeito, parece que a Palavra não funciona e que é um verdadeiro “Fantástico Mundo de Bobby” e que todos os testemunhos que ouvimos foram meros acasos atribuídos a Deus, mas que na verdade mesmo, para nós não funcionará. Apenas parece…

Dou graças a Deus porque a sua Palavra nos adverte:

“A aparência deste mundo passa…” (1 Coríntios 7.31)

Aleluia!!! A aparência passa. Tudo aquilo que parece derrota pode mudar de um instante para outro… ou desprezamos o fato de que o Mar Vermelho parecia intransponível?!

Posso confessar que, nem no meu mais louco delírio, ousaria duvidar da estabilidade de um mar “plantado” na minha frente! Se eu não conhecesse o final da história (medite você também), penso que jamais me atreveria a crer para que o mar fosse partido ao meio. Talvez eu usasse uma fé “violenta” e dissesse: “Senhor, manda um “super navio”, ou um helicóptero, Senhor, manda um exército de anjos…”, ou talvez entrasse em desespero e na oração em “línguas emergenciais”, mas jamais duvidaria da estabilidade do mar instalado à minha frente.

Glória a Deus, cuja Palavra é poderosa! Moisés tinha um firme propósito: sair com o povo de Deus do Egito rumo à Terra Prometida. Eu não sei qual o seu propósito, mas a Palavra de Deus diz:

“Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.” (Isaías 26.3)

Deus conserva em perfeita paz aquele que sabe o que quer. É o inverso da situação descrita em Tiago, capítulo 1, que diz que o homem que não sabe o que quer (ou que duvida) é como uma onda, impelida e agitada pelo vento. A Bíblia diz que esse homem é inconstante em todos os seus caminhos e não receberá de Deus coisa alguma.

Devemos observar que nosso Deus é um Deus de fé, e que a fé não muda de idéia diante da circunstância adversa, mas permanece firme até o fim! Ela persevera, ela insiste, ela “finca pé”, “o sangue dá na canela” e ela não se demove… E por quê?!? Por que confia em Deus!!!

A fé sempre está plenamente convicta de que ele vela sobre a sua Palavra para cumpri-la, porque sabe que ele é fiel, que é o todo-poderoso e que, uma vez que ele nos instruiu e liberou a autoridade no Nome de Jesus para que a usássemos, não voltará atrás nos seus desígnios.

Deus sabe o que quer! Ele tem propósito em tudo o que faz e se agrada quando imitamos o seu caráter indefectível!

Se você tem um propósito, não se deixe demover pelo que parece prevalecer. A promessa de Deus é: enquanto você não se move para mudar os planos e propósitos por causa daquilo que está vendo, ouvindo ou sentindo, ele te dá graça para suportar com paciência o cumprimento da promessa, te conservando em perfeita paz, porque você confia nele e no seu imenso poder para fazer abundantemente além daquilo que podemos pedir ou pensar…

Luciana Honorata

Debruçados na Janela de Deus

12 de novembro de 2010 — 4 Comentários

Palavras nada mais são do que “pedaços de nós” em forma de letras ou sons. Cheguei a esta conclusão enquanto meditava sobre o valor que Deus atribui à sua própria Palavra.

A Bíblia nos fala que Deus e a sua Palavra são um, e consequentemente, se nós fomos feitos à imagem e semelhança do nosso Pai, ou como dizem por aí, “uma duplicata em espécie da sua própria categoria”, porque seria diferente conosco?

Nós somos aquilo que falamos, pois as palavras são apenas uma expressão de nós mesmos.

Expressão é a “enunciação do pensamento por meio de gestos ou palavras escritas ou faladas; é o verbo; é o ato de manifestar-se, mostrar-se, dar-se a conhecer”.

As palavras, então, por si mesmas, não têm valor algum. Quando soltas em um dicionário, por exemplo, chegam a ser entediantes, de tão inertes e sem vida. No entanto, quando usadas por nós, são recheadas de significado, pois traduzem aquilo que somos na essência, revelando vontades, emoções, pensamentos e planos.

É por meio delas que expressamos quem somos e o que pensamos a respeito de nós mesmos e do mundo que nos cerca. Por meio das palavras, nós aparecemos de fato.

Porque, quem sabe as coisas do homem, senão o próprio espírito que nele está? (1 Co 2.11)

O mundo interior é vasto, profundo e particular, mas torna-se parcialmente público por meio das palavras, permitindo-nos ser “compartilhados” às pessoas.

Para mim, foi magnífico descobrir que as pessoas nos “experimentam” por meio do que dizemos. Tudo aquilo que somos e nos permitimos expressar, “entra” nelas por meio daquilo que falamos: as nossas opiniões, as nossas experiências, as sensações… Elas “saem” de nós e alcançam as pessoas, levando-nos em porções para dentro delas, pois palavras são muito mais do que fonemas articulados, e infinitamente mais do que letras unidas e pintadas num papel, elas são idéias vivas!

Gosto de imaginar como se nós fossemos uma grande montanha de areia, e as palavras fossem apenas caminhõezinhos carregados de nós, a levar-nos para outros lugares, para onde as enviamos…

Não me admira que Jesus tenha dito que as palavras que ele falara eram Espírito e Vida (Jo 6.63), visto que as letras, os sons e os gestos são apenas veículos pelo qual as palavras se fazem conhecidas, pois na realidade, elas são algo espiritual.

Perceba que as letras se unem para formar um vocábulo, que gera dentro de nós uma imagem, uma idéia, um pensamento. Estas, por sua vez, geram sentimentos que nos fazem reagir positiva ou negativamente.

Foi justamente por essa razão que Jesus falou que havia limpado os discípulos pelas palavras que os tinha falado, pois a sua vida, as suas idéias, o que Jesus era “por dentro”, foi participado aos discípulos por meio das palavras que pronunciara.

Jesus falava, e suas palavras eram mais do que simplesmente sons. Ele falava não só com a voz, mas com a sua própria vida. Por meio das “palavras” ele se comunicava no sentido mais profundo, “dando-se aos pedaços”, partilhando com os discípulos do seu próprio espírito, das suas convicções, dos seus pensamentos, daquilo que ele é em toda a sua essência. As palavras de Jesus penetravam no coração deles e cresciam como uma semente em terra fértil, limpando-os por dentro!

A expectativa de Deus acerca da vida humana era conhecida por Jesus e, com suas palavras ele trazia os discípulos para o mesmo ponto de vista, fazendo-os enxergar a vida de outro ângulo, incitando-os a experimentar a realidade sob uma nova perspectiva, a qual os homens em geral não possuem, justamente por causa das palavras que receberam em discordância com a Palavra de Deus.

Na verdade, percebi que é como se Jesus estivesse “debruçado na janela de Deus”, sendo participante do ponto de vista divino exposto pelas Escrituras e conhecido apenas por aqueles que se dispõem a buscar a verdade com diligência e sinceridade de coração.

Então, da “janela celestial”, ele vê a vida de uma maneira franca, e nos convida a contemplar a mesma paisagem: o horizonte do plano original do Pai, onde nossos umbigos não são o centro do universo e a felicidade não é privilégio de poucos.

Sabe, já estávamos acostumados a “olhar da nossa própria janela”, cuja vista geralmente dá para os terrenos baldios do egoísmo e da ganância. O diabo “semeou” palavras dentro de nós que falam de um mundo cruel e pervertido. Palavras essas, que embaçaram as nossas vidraças e deixaram a nossa casa suja e bagunçada. Palavras que nos fazem pensar sobre nós mesmos e sobre a vida de uma forma diferente daquele que nos gerou.

Deus nos enviou sua Palavra, Jesus Cristo, para nos “tomar pela mão” e nos “debruçar na sua janela”, a fim de apreciarmos a existência do ponto de vista divino, imutável e indefectível, que nos leva à sua vontade que é boa, agradável e perfeita, e é por meio das palavras que ele faz isso.

Atentemos, portanto, para o Espírito e a Vida que estão na Palavra e nos levam a olhar a realidade sob a perspectiva certa!

“Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito” (João 15.7)

Luciana Honorata

Não é difícil perceber que há muitas coisas que guardamos todos os dias. Naturalmente, sempre temos algumas coisas que precisamos guardar, sejam as chaves do carro, o dinheiro que recebemos, uma carta de amor que é de grande valor emocional ou quaisquer outras coisas.

É tão comum essa prática no nosso cotidiano, que até encontramos lugares específicos para guardar aquelas que consideramos de maior estima ou valor monetário. Cada coisa tem seu lugar na maioria das casas, e os objetos mais valiosos são colocados nos lugares onde não haja risco à sua integridade física, ou de que sejam usurpados por alguém.

No reino espiritual não é diferente. A Palavra de Deus nos ensina a guardar muitas coisas.

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Não baixe a guarda!

4 de outubro de 2009 — Deixe um comentário

A fé é o passaporte para adentrarmos no Reino de Deus e receber todas as bênçãos espirituais reservadas pelo Pai para nós. A relevância da fé é revelada em todo o contexto bíblico, culminando na definitiva declaração de que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11.6).

De fato, agradamos a Deus quando andamos pela fé, desbravando as matas de incertezas que o mundo nos apresenta.

Sob uma perspectiva natural, somos impelidos a andar amedrontados pelas “gripes quadrúpedes” que surgem para roubar a paz das massas e promover a alta nas ações das indústrias de medicamentos.

E não apenas isso, mas de um modo geral, as obras do diabo estão sendo noticiadas nos telejornais, mascaradas de “efeitos da globalização” e outros codinomes, sempre tentando injetar sutilmente em nós uma sensação de que não é possível escapar do sistema vigente.

É o mundo tentando entrar em nós. São as verdades circunstânciais tentando sobrepujar as verdades soberanas e absolutas anunciadas por Jesus.

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